Ministra Márcia Lopes divulgou estudo com perfil das famílias beneficiadas. Segundo ela, em 2003, extremamente pobres eram 12% da população.

Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (31) pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome mostra uma melhora nas condições gerais de vida dos beneficiários do Programa Bolsa Família. A parcela da população em situação de extrema pobreza passou de 12%, em 2003, para 4,8%, em 2008, e as famílias registraram aumento de escolaridade, melhores condições de saúde e maior acesso a serviços públicos, como rede de esgoto, água encanada, coleta de lixo e luz elétrica.

Em sua terceira edição, a pesquisa identifica o perfil das famílias beneficiadas pelo programa. Os dados divulgados são de setembro de 2009. O ministério não forneceu um comparativo da pesquisa atual em relação às edições de 2003 e 2005.

O levantamento afirma, no entanto, ter registrado, de 2005 a 2009, aumento na proporção de domicílios de alvenaria, com iluminação pública, escoamento sanitário adequado. Houve também uma melhora na água consumida nesses domicílios. Ainda segundo o estudo, mais da metade das residências pobres do país tem acesso a serviços públicos essenciais como abastecimento de água, coleta de lixo e escoamento de esgoto.

Para a ministra do Desenvolvimento e Combate à Fome, Márcia Lopes, o levantamento mostra o quanto a situação das pessoas em situação de pobreza melhorou em diferentes pontos:“Melhorou o acesso à alimentação, melhorou a permanência nas escola. As crianças estão mais protegidas do ponto de vista da saúde e do acompanhamento familiar. Aumentou o acesso das famílias à rede de infraestrutura e as crianças tiveram uma mudança de condição nutricional.”

Perfil dos beneficiários
As mulheres são responsáveis pela família em 92% dos lares assistidos pelo programa. Elas também representam a maior fatia de beneficiários 54%. Um quarto dos assistidos são crianças com até nove anos de idade e 54,6% tem até 20 anos.

Renda
O impacto do benefício do Bolsa Família na renda das famílias mostra uma elevação na renda mensal per capita de R$ 48,69, antes do benefício, para R$ 72,42, representando uma alta de 48,7%. O estudo mostra, no entanto, que esse crescimento da renda é diferenciado por região do país. No Nordeste, onde as famílias enfrentam as maiores dificuldades, por exemplo, a renda per capita cresceu de R$ 40,07 para R$ 65,29, totalizando uma ampliação de 62,9%. Já no Sul, onde a situação é melhor, a renda variou 32,9%, de R$ 64,01 para R$ 85,07. O valor da assistência do Bolsa Família varia de R$ 20 a R$ 200, dependendo do número de crianças e da situação social da família.

Moradores de rua
O ministério realizou levantamento para mapear o número da população de rua em cidades com mais de 300 mil habitantes. O estudo mostrou a existência de cerca de 46 mil famílias. Essa parcela de moradores de rua vai agora ser trabalhada pelos agentes do Programa Bolsa Família para ser incluída no quadro de beneficiários. O trabalho vai ser demorado e deve contar com a ajuda das prefeituras e dos Centros de Referência de Assistência Social.

O Bolsa Família tem orçamento de R$ 13 bilhões. Ele atende a 12,4 milhões de famílias, totalizando 49,2 milhões de beneficiários. Até junho deste ano, a ministra Márcia Lopes afirma que a pasta deve atingir a margem de 12,7 milhões de beneficiados. A meta geral do programa é de 12,9 milhões.


G1.com

0 comentários:

Postar um comentário