Em entrevista concedida pelo Twitter ao blog do jornalista Ricardo Noblat, na tarde deste domingo, o presidente do instituto de pesquisa Vox Populi, Marcos Coimbra, apontou a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, como favorita para vencer a eleição presidencial; atribuiu essa avaliação ao desejo, “muito alto” entre o eleitorado, de que o atual governo tenha continuidade; e minimizou a influência que pode ter, para o resultado da disputa, a presença do ex-governador mineiro Aécio Neves como companheiro de chapa do candidato da oposição, José Serra (PSDB).

A entrevista sucedeu à divulgação dos resultados apurados nas pesquisas eleitorais de maio por três dos quatro principais institutos de pesquisa do país – o próprio Vox Populi, o Sensus e o Datafolha. Todos apontam contínuo crescimento da candidatura de Dilma, queda ou estagnação de Serra, empate entre esses dois candidatos – com vantagens para Dilma no caso do Vox Populi e do Sensus -, crescente conhecimento e identificação de Dilma como candidata do presidente Lula, crescimento da petista em todas as regiões, maior índice de rejeição ao pré-candidato tucano do que à petista, altíssima aprovação ao governo e, mais alta ainda, ao desempenho de Lula.

Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista do sociólogo Marcos Coimbra ao jornalista Ricardo Noblat:

Noblat – Quem tem mais chances de se eleger presidente da República em outubro próximo?
Coimbra – Dilma é favorita, mas favoritismo não basta para ganhar uma eleição.

Noblat - Por que você considera Dilma favorita?
Coimbra - Ela empatou com Serra e tem um espaço de crescimento aberto à frente junto ao eleitorado que está disposto a votar na candidata do Lula.

Noblat - Isso é suficiente para que Dilma se eleja? Serra não tem espaço para crescer?
Coimbra - Serra é conhecido por 80% da população. Tem menos espaço para crescer. Dilma tem crescido tirando intenções de voto dele.

Noblat - A essa altura, quantos porcento das intenções de voto de Dilma resultam de transferência feita por Lula?
Coimbra - Dilma é a candidata dele, de continuidade do que ele representa. Nesse sentido, toda a intenção de voto que tem vem de Lula e do governo.

Noblat - Dilma corre o risco de o eleitor, a certa altura, concluir que votar nela não significa votar em Lula, não é a mesma coisa?
Coimbra - Claro que não é, e o eleitor sabe disso. Quem pensa em votar nela não acha que Lula vai mandar, mas acha que ela preservará o que ele fez.


Fonte: Brasília Confidencial
Foto: internet

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