Virgílio Guimarães (PT), Rodrigo de Castro (PSDB) e Antônio Roberto (PV)

Deputados federais por Minas Gerais

Mais do que em qualquer outro lugar no país, Belo Horizonte sofre com o adiamento, anos a fio, do sonho de contar com um metrô eficiente e estrategicamente distribuído, como plataforma essencial para a mobilidade urbana da terceira maior metrópole brasileira. Desde meados dos anos 1980, quando iniciou sua operação, e com modestíssimos soluços de crescimento nos anos 1990, o metrô pouco avançou. De lá até aqui, transporta diariamente pouco mais de 160 mil pessoas, quando já poderia estar transportando 220 mil passageiros por dia apenas com a melhoria da integração e operação plena da Estação Vilarinho, ponto mesmo assim distante da sua implementação total projetada – 800 mil usuários/dia.

O tempo passou e esta justa reivindicação da comunidade metropolitana vem se esvaindo pela descrença e frustração que atravessam diferentes governos. E, com um detalhe ainda mais incômodo: constatamos a crônica paralisia do projeto, enquanto plantas de outras capitais avançam Brasil afora, acompanhando o crescimento natural da urbanização. Não é, portanto, sem razão que, em face de sua importância, o tema esteja, mais uma vez, de volta ao topo da agenda de prioridades dos mineiros da região metropolitana, neste ano de eleições gerais, em que temos a oportunidade de revisitar os nossos grandes desafios. Sua relevância e urgência alcançam tal ordem que, pela primeira vez, o projeto ganha forte defesa suprapartidária e mobiliza importantes lideranças de diferentes partidos e bandeiras, candidaturas diversas e programas diferenciados.

Na prática, apesar da nossa militância em campos opostos, estamos convergindo para formar um vigoroso consenso político em torno da execução integral do projeto. É neste sentido que vamos, juntos, reapresentá-lo aos presidenciáveis dos nossos partidos, como demanda comum e reivindicação rediviva de toda a coletividade. Esperamos que cada um dos presidenciáveis possa examiná-lo e assumir compromissos públicos e concretos para finalmente tornar o metrô realidade em nossa cidade. A soma de esforços que se organiza em torno dessa causa, ao contrário de significar um capricho da capital dos mineiros, nada mais é do que uma ação coordenada de recuperação de um longo e exaustivo tempo perdido por desencontros, que só têm prejudicado a população.

Nosso desejo é apoiar a execução do Plano Diretor de Transporte sobre Trilhos, elaborado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) para Belo Horizonte, que consiste em três linhas básicas: a linha 1, que liga a Região Norte (Estação Vilarinho) à Oeste (Estação Eldorado, no limite BH/Contagem), que já funciona atualmente, precisa de urgente adequação para aumento de capacidade; a linha 2 ligará, em superfície, o Barreiro ao Calafate e, a partir dali, segue subterrânea à Avenida Amazonas e à região hospitalar (Santa Casa/Hospital das Clínicas); a linha 3 partirá da Savassi e alcançará a Pampulha, passando pela Lagoinha, totalmente subterrânea.


Artigo publicado no Jornal Estado de Minas (domingo, 23)
Foto: imagem ilustrativa internet

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