São mais de 1,6 milhão de pessoas em 21.859 empreendimentos econômicos que produzem lucro mensal de R$ 653 milhões – pouco menos de R$ 8 bilhões por ano. Exposta apenas em números, é essa a radiografia geral dos programas de Economia Solidária criados e impulsionados pelo Governo Lula em todas as regiões. Seus dados constam do Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária coordenado pelo Ministério do Trabalho e foram divulgados ontem aos 1.600 delegados estaduais que participam da II Conferência Nacional de Economia Solidária, no canteiro central da Esplanada dos Ministérios.

O sistema informa ainda que mais de 43% dos empreendimentos de economia solidária estão registrados na Região Nordeste. No Sudeste são 18%; no Sul 16%; no Norte 12%; e no Centro Oeste os demais 10%.

Do total de 1.687.496 pessoas envolvidas nos empreendimentos, 62,8% são homens e 37,4% mulheres. Bernadete Barbosa, pernambucana de 46 anos, é uma delas. A Associação Casa da Mulher de Gravatá, que ela coordena, vende mensalmente 2.000 bonecas “da sorte”, o que lhe permite assistir 30 famílias e oferecer atendimento em saúde física e mental às mulheres participantes do empreendimento.

A conferência será encerrada hoje com a aprovação de um documento em que sugere ao governo e ao Congresso a consolidação de um marco legal para a política de economia solidária.

“Queremos um sistema nacional de política solidária e levaremos o que for deliberado aqui para criarmos redes nos municípios”, afirmou a ministra do Desenvolvimento Social, Márcia Lopes, em discurso na abertura da conferência.

Conceituada como uma forma de produção, consumo e distribuição de riquezas que valoriza o ser humano e o comércio justo, a economia solidária é praticada por meio de autogestão em associações ou em cooperativas voltadas à produção, consumo e comercialização de bens e serviços.


Brasília Confidencial

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