Mantega diz que perfil da dívida mostra baixa vulnerabilidade

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já começou sua explicação sobre a dívida pública na CPI que investiga o tema. Ele afirmou que, embora a crise financeira do ano passado tenha aumentado os juros, houve uma trajetória de queda no percentual da dívida sobre o PIB brasileiro. “O governo tem reservas para pagar toda a dívida, e ainda nos sobraria um trocado”, brincou. Segundo ele, a qualidade da dívida é o mais importante, porque o Brasil sempre teve dívidas de curto prazo, e esse perfil mudou. Em 1995, mais de 40% da dívida brasileira era externa, e atualmente não chega a 12%, o que protege o País contra as variações do câmbio. Da mesma forma, cresceu a participação de títulos de longo prazo, que chegaram a 13% de juros, e estão agora a 5,8%, com títulos de até 30 anos.


Meirelles diz que estabilidade econômica permite reduzir a dívida

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que há uma relação entre a estabilidade da economia e a redução da dívida. Para ele, o sistema de metas de inflação, o câmbio flutuante, as reservas internacionais, o superávitResultado positivo entre a arrecadação global do setor público (excluídas as receitas obtidas com aplicações financeiras) e o total de gastos gastos, desconsiderando as despesas com juros. O poder público, ao se impor o superávit primário, busca evitar o excesso de despesas. Esse dado é um dos principais termômetros observados pelo investidores estrangeiros para medir a capacidade de um país pagar os credores em dia. Além disso, o saldo de arrecadação obtido é utilizado para pagamento da dívida pública e a própria diminuição da dívida reduzem o risco de investimentos no País e, assim, reduzem também o prêmio de risco na economia brasileira, que eram os juros altos do passado.
“Isso é resultado de um conjunto de políticas, e política econômica deve ser medida, na nossa opinião, pelos resultados. O aumento de empregos e o crescimento do PIB e dos investimentos mostram que ela está funcionando”, disse.

Fonte: Agência Câmara

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