Por que uma CPI da Dívida Pública?
Virgílio Guimarães
presidente da CPI da Dívida Pública
Durante muitas décadas no Brasil, os três problemas centrais mais sérios eram relacionados às dívidas do país: a dívida externa, em primeiro lugar, a dívida interna e a social. A dívida externa era de fato o fantasma que amedrontava o país, sobretudo, porque era por onde drenavam os nossos recursos. O Brasil era semi-colonizado pelas dívidas com o Fundo Monetário Internacional – FMI e, também, devedor do chamado Clube de Paris, formado pelos grandes países capitalistas liderados pelos Estados Unidos, e composto também pela França, Inglaterra, Itália, Canadá e Japão. Além disso, o Brasil tinha uma dívida com a Banca Privada Internacional.
A dívida externa no país tinha um perfil obscuro e drenava todo o esforço brasileiro. Durante todo o período autoritário do período militar, as lutas giravam, em sua maioria, em torno da liberdade, mas também pelas questões econômicas que se fundavam muito nas dívidas, a externa, principalmente. Depois, ganhou força, evidentemente, a chamada dívida social. No Brasil de hoje, do Governo Lula, o país avançou muito em torno dessas três questões. Temos a dívida externa praticamente equacionada, uma dívida transparente tanto quanto a dívida interna brasileira. A dívida social vem sendo resgata e tratada com planejamento e projetos vitoriosos do governo federal. E, hoje, existe um quarto conceito de dívida, que é a chamada dívida racial e, também, nesse aspecto, o Governo Lula avançou extraordinariamente tanto nas relações com a África e o apoio que o Brasil dá ao terceiro mundo, mas também aqui no país com medidas muito importantes contra o preconceito e a discriminação racial.
A realidade das dívidas do Brasil mudou completamente nos últimos anos. A dívida externa atual é negativa em termos líquidos, apesar de existir um saldo da dívida bruta. O Brasil tem contratos em andamento, mas com relação à dívida líquida não porque a nossa reserva é superior ao que é devido. A dívida interna ainda é responsável pela elevada taxa de juros, mas, aos poucos, vem tendo o seu perfil melhorado. E tanto a dívida racial surgida recentemente como a dívida social estão sendo resgatadas a cada dia com as medidas do governo de elevação de renda, redistribuição na Reforma Agrária, políticas de incentivo para a agricultura familiar, ações voltadas para a população quilombola, recuperação das favelas, urbanização, distribuição de renda, a implantação das redes de proteção social, os programas habitacionais para a população de baixa renda, os programas educacionais e de saúde pública que resgatam ou estão no processo de resgate dessa dívida pública.
Diante disso, por que ter uma CPI da Dívida Pública? No processo dessa investigação do assunto, a Comissão Parlamentar de Inquérito busca o seu princípio básico que é o de pesquisar e buscar conhecimento sobre um determinado tema para propor soluções e políticas públicas. Esse é o objetivo principal da nossa CPI. O assunto ainda exige muita atenção, sobretudo, o controle da taxa de juros, o monitoramento e a gestão da dívida interna. O Brasil tem o direito de conhecer a sua história com transparência e temos o dever de fazer o raio X dessa história, saber a origem da dívida e ter uma posição clara sobre o estado atual, buscando as políticas públicas para o gerenciamento das dívidas externa e interna.
Hoje, as dívidas do Brasil são auditadas anualmente. Lutamos muito para que houvesse uma auditoria das dívidas e hoje elas são obrigatórias. Existem, inclusive, organismos internacionais de certificação. O mundo mudou para melhor nesse sentido. Estamos fazendo a CPI sobre o processo de auditagem e acreditamos que ele poderá ser muito melhorado. Temos sobre a dívida interna uma prestação de contas mensal da Secretaria Nacional à Comissão de Finanças e Tributação, mas mesmo assim a CPI vai avançar nesses procedimentos para aperfeiçoá-los.
O Brasil será, sem dúvida, um país melhor com a população consciente e esclarecida sobre o quadro real das dívidas. Hoje, a dívida externa é muito clara, mas a CPI precisa trazer essa convicção para a população porque a maioria das pessoas tem uma ideia que vem do passado onde a caixa preta das dívidas era a grande realidade. O Brasil não deve mais a país nenhum. Os valores da dívida interna são elevados para os padrões brasileiros, mas não é elevado para os padrões internacionais porque quanto maior é a confiança no país, a confiança a longo prazo, é possível uma dívida interna maior sem causar problemas de rolagem com essa dívida tendo um perfil alongado e a taxa de juros dessa rolagem baixa. Melhoramos muitos esses dois aspectos da dívida interna brasileira. Ela se alongou, diminuiu seu valor em dólar e reduzimos a taxa de juros, mas ainda há muito a ser feito.
A CPI caminha para uma conclusão extremamente necessária, técnica e que busca soluções efetivas. Os caminhos indicam um resultado extremamente proveitoso para ajudar a construir a história econômica do país com a transparência dos fatos relacionados às dívidas interna e externa. Que esse trabalho seja esclarecedor e possa ser uma fonte de estudos e soluções para gerações capazes de gerir adequadamente a nossa dívida e também para oferecer instrumentos para aperfeiçoamento das políticas públicas atuais. Tanto do gerenciamento da nossa dívida interna como maior confiança e solidez e princípios da qualidade da nossa dívida externa e no aperfeiçoamento dos instrumentos de transparência e de controle de ambas as dívidas. Tenho certeza que essa CPI veio para prestar um serviço e vai prestar à população.
A dívida externa no país tinha um perfil obscuro e drenava todo o esforço brasileiro. Durante todo o período autoritário do período militar, as lutas giravam, em sua maioria, em torno da liberdade, mas também pelas questões econômicas que se fundavam muito nas dívidas, a externa, principalmente. Depois, ganhou força, evidentemente, a chamada dívida social. No Brasil de hoje, do Governo Lula, o país avançou muito em torno dessas três questões. Temos a dívida externa praticamente equacionada, uma dívida transparente tanto quanto a dívida interna brasileira. A dívida social vem sendo resgata e tratada com planejamento e projetos vitoriosos do governo federal. E, hoje, existe um quarto conceito de dívida, que é a chamada dívida racial e, também, nesse aspecto, o Governo Lula avançou extraordinariamente tanto nas relações com a África e o apoio que o Brasil dá ao terceiro mundo, mas também aqui no país com medidas muito importantes contra o preconceito e a discriminação racial.
A realidade das dívidas do Brasil mudou completamente nos últimos anos. A dívida externa atual é negativa em termos líquidos, apesar de existir um saldo da dívida bruta. O Brasil tem contratos em andamento, mas com relação à dívida líquida não porque a nossa reserva é superior ao que é devido. A dívida interna ainda é responsável pela elevada taxa de juros, mas, aos poucos, vem tendo o seu perfil melhorado. E tanto a dívida racial surgida recentemente como a dívida social estão sendo resgatadas a cada dia com as medidas do governo de elevação de renda, redistribuição na Reforma Agrária, políticas de incentivo para a agricultura familiar, ações voltadas para a população quilombola, recuperação das favelas, urbanização, distribuição de renda, a implantação das redes de proteção social, os programas habitacionais para a população de baixa renda, os programas educacionais e de saúde pública que resgatam ou estão no processo de resgate dessa dívida pública.
Diante disso, por que ter uma CPI da Dívida Pública? No processo dessa investigação do assunto, a Comissão Parlamentar de Inquérito busca o seu princípio básico que é o de pesquisar e buscar conhecimento sobre um determinado tema para propor soluções e políticas públicas. Esse é o objetivo principal da nossa CPI. O assunto ainda exige muita atenção, sobretudo, o controle da taxa de juros, o monitoramento e a gestão da dívida interna. O Brasil tem o direito de conhecer a sua história com transparência e temos o dever de fazer o raio X dessa história, saber a origem da dívida e ter uma posição clara sobre o estado atual, buscando as políticas públicas para o gerenciamento das dívidas externa e interna.
Hoje, as dívidas do Brasil são auditadas anualmente. Lutamos muito para que houvesse uma auditoria das dívidas e hoje elas são obrigatórias. Existem, inclusive, organismos internacionais de certificação. O mundo mudou para melhor nesse sentido. Estamos fazendo a CPI sobre o processo de auditagem e acreditamos que ele poderá ser muito melhorado. Temos sobre a dívida interna uma prestação de contas mensal da Secretaria Nacional à Comissão de Finanças e Tributação, mas mesmo assim a CPI vai avançar nesses procedimentos para aperfeiçoá-los.
O Brasil será, sem dúvida, um país melhor com a população consciente e esclarecida sobre o quadro real das dívidas. Hoje, a dívida externa é muito clara, mas a CPI precisa trazer essa convicção para a população porque a maioria das pessoas tem uma ideia que vem do passado onde a caixa preta das dívidas era a grande realidade. O Brasil não deve mais a país nenhum. Os valores da dívida interna são elevados para os padrões brasileiros, mas não é elevado para os padrões internacionais porque quanto maior é a confiança no país, a confiança a longo prazo, é possível uma dívida interna maior sem causar problemas de rolagem com essa dívida tendo um perfil alongado e a taxa de juros dessa rolagem baixa. Melhoramos muitos esses dois aspectos da dívida interna brasileira. Ela se alongou, diminuiu seu valor em dólar e reduzimos a taxa de juros, mas ainda há muito a ser feito.
A CPI caminha para uma conclusão extremamente necessária, técnica e que busca soluções efetivas. Os caminhos indicam um resultado extremamente proveitoso para ajudar a construir a história econômica do país com a transparência dos fatos relacionados às dívidas interna e externa. Que esse trabalho seja esclarecedor e possa ser uma fonte de estudos e soluções para gerações capazes de gerir adequadamente a nossa dívida e também para oferecer instrumentos para aperfeiçoamento das políticas públicas atuais. Tanto do gerenciamento da nossa dívida interna como maior confiança e solidez e princípios da qualidade da nossa dívida externa e no aperfeiçoamento dos instrumentos de transparência e de controle de ambas as dívidas. Tenho certeza que essa CPI veio para prestar um serviço e vai prestar à população.
Artigo publicado pela revista da FEBRAFITE - Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (março 2010)
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